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DE TRABALHOS 
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lista das apresentações de  TRABALHOS com as datas, horários e links

GT 01 - As ciências sociais em tempos de crise

Coordenação: Thays Felipe David de Oliveira (UFPE), Luis Arthur da Costa Silva (FLACSO/Argentina) e Renato Victor Lira Brito (UFPE)

 

Resumo: As crises experienciadas pelo mundo no século XXI, como a causada pela pandemia atual do novo coronavírus, muitas vezes coincidem com períodos sensíveis nas Ciências Sociais, que têm colocadas em xeque as suas cientificidade, credibilidade e validade para tratar de problemas reais. Este Grupo de Trabalho intenciona proporcionar o compartilhamento de conhecimento entre todas as áreas que constituem as Ciências Sociais permitindo, assim, uma reflexão da sua produção no século XXI. Em 2020, uma portaria emitida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações excluiu as Ciências Humanas da lista de prioridades do CNPq, decisão em vigência até 2023, o que, aliado aos cortes realizados pelo então Ministro da Educação Abraham Weintraub, causou um grande impacto na produção científica brasileira. Através de estudos observacionais, experimentos, quasi-experimentos, revisões sistemáticas, estudos de caso, etnografias, análises qualitativas comparativas e de métodos mistos, as Ciências Sociais realizam pesquisas empíricas sobre fenômenos políticos, econômicos, sociais, dentre outros. Nesse sentido, este Grupo de Trabalho tem como objetivo apresentar o que tem sido publicado, em termos de produção empírica, no século XXI, considerando as discussões recentes no que tange ao aumento da desigualdade, à pandemia, à polarização política, ao autoritarismo e à militarização, ao desrespeito às regras do jogo democrático, à segurança cibernética, às questões de gênero e sexualidades, ao racismo, às migrações forçadas e à xenofobia, temas que afetam especialmente o conjunto dos países latino-americanos e caribenhos e carecem de uma reflexão sistemática e profunda dos pesquisadores. Incentivamos, ainda, a submissão de trabalhos que apresentem revisões sistemáticas sobre a produção das Ciências Sociais e/ou a sua cientificidade.

GT 02 - As mídias como ferramentas didáticas no ensino de Sociologia

Coordenação: Venâncio José Michiles Marinho (UFMS) e Fabíolla Emanuelle Silva Vilar (UFAM)

 

Resumo: O objetivo deste Grupo de Trabalho é debater a utilização de mídias como recurso didático-pedagógico a contribuir para a prática do ensino de Sociologia, a partir da recuperação de pressupostos teórico-metodológicos da Sociologia da Cultura. A incorporação das mídias no contexto escolar tem demonstrado ser uma prática promissora e uma importante ferramenta de facilitação do processo de ensino-aprendizagem, uma vez que contribui significativamente para a construção de uma atividade educativa de qualidade. Em muitos casos, porém, as estratégias pedagógicas adotadas em sala de aula não trazem as mídias para o primeiro plano da abordagem, as relegando ao papel de mero complemento a ilustrar os conteúdos programáticos das disciplinas. No contexto das aulas de Sociologia, a utilização de recursos midiáticos tem o potencial de oportunizar a leitura e a reflexão sociológica através das múltiplas expressões, vozes e formas de saber presentes em veículos discursivos como o cinema, a TV, a música, a literatura, os quadrinhos, a dança e afins. A eficácia dessas ferramentas só é possível, contudo, mediante a articulação metodológica das mídias aos saberes teórico-pedagógicos da disciplina. Interessam-nos, portanto, pesquisas acadêmicas, relatos de experiência e propostas didáticas que explorem, reflitam e discutam os nexos entre a utilização de mídias em sala de aula e os pressupostos teórico-metodológicos da Sociologia da Cultura.

 

Palavras-chave: Ensino de Sociologia; Mídias; Sociologia no Ensino Médio.

GT 03 - Cartografias da morte: sentidos e representações do processo de morrer

Coordenação: Gleiciane Souza (UFBA) e Roberto Barreto Marques (IFMA/UFPE)

 

Resumo: A morte é um evento inerente à existência humana, ao qual é atribuído diferentes significados pelo imaginário coletivo. Enquanto fenômeno polissêmico, a morte enseja diferentes expressões obrigatórias de emoções e sentimentos, mas também de práticas e rituais, nos diversos períodos da história e em diferentes culturas. Assim, o processo de morrer é muito mais que um evento biológico que marca os limites da existência humana, ele é carregado de representações sociais, culturais, psicológicas, religiosas... demarcando práticas, costumes e valores partilhados pelos sujeitos nas diferentes sociedades. A proposição do estudo da morte e do processo de morrer intenciona suscitar reflexões e debates em torno do tema, no sentido de compreender as diferentes percepções, sentimentos e intervenções diante da morte, acolhendo trabalhos que abordem a) representações e significados da morte; b) a morte em diferentes culturas; c) a história da morte e do morrer; d) sentimentos relacionados à morte; e) a morte e o luto na pandemia do Covid-19; f) o processo de luto; g) a morte auto-infligida; e h) ritos fúnebres. Os estudos da morte e do morrer são de extrema relevância para que possamos compreender, não apenas os processos de terminalidade e finitude, mas, principalmente, para levar-nos a uma maior elucidação sobre a maneira como vivemos. Nossas práticas e valores, assim como o sentido de nossa existência são visíveis em nossa relação com a morte e na nossa lida com a finitude humana, assim, compreender a morte e seu lugar na história e em dada cultura, pode contribuir para entendermos o que somos e como nos tornamos o que somos.

 

Palavras-chave: Morte; Terminalidade; Ritos fúnebres; Luto.

GT 04 - Ciências sociais  e esportes: reinventando possibilidades em tempos pandêmicos

Coordenação: Francisco Xavier dos Santos (UFPE) e Eduardo Araripe Pacheco de Souza (UFSC)

 

Resumo: A proposta deste grupo é ratificar a importância dos estudos sobre os esportes nas Ciências Sociais Brasileira a partir de uma reflexão pautada nos impactos sociais provocados pelo contexto da Pandemia da Covid-19. Assim é que, busca-se através da temática proposta discutir o papel social dos esportes durante a realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio (2021), bem como as incertezas sobre a realização da Copa do Mundo FIFA de 2022 e outras questões ligadas a ideia do GT. Destarte, o foco em linhas gerais se volta para estudos sobre os Esportes com a pretensão de estimular o exercício reflexivo em torno desta temática social e cultural e que vem mais e mais se consolidando nas Ciências Sociais. Desta forma, a ideia é, dentre outras, contemplar discussões envolvendo o fenômeno esportivo e cujo debate foca em áreas importantes do pensamento acadêmico e que tem impacto na formação de estudantes e do trabalho dos cientistas sociais. Tais debates envolvem, por exemplo, a formação de identidades – nacionais, regionais, locais, etárias e outras, assim como discussões sobre fluxos, formação de atletas, práticas desportivas, globalização nos esportes, dentre outras. Seguimos, assim, tendências recentes de encontros de repercussões nacionais e internacionais, como ALAS, RBA e ANPOCS. Por fim, a presente proposta de GT amplia a possibilidade de reflexões sobre a temática criando solo fértil entre pesquisadores das ciências sociais e afins, além de constituir-se como espaço de socialização e divulgação de trabalhos e pesquisas.

 

Palavras-chave: Esportes; Sociabilidades; Pandemia.

GT 05 - Consumo e ciências sociais: conexões entre teoria e práticas na contemporaneidade

Coordenação: Beatriz Yolanda Pontes de Gusmão Sá (UFPE) e Hortência Cruz de Albuquerque (UFRPE)

 

Resumo: O consumo assumiu a centralidade da vida pós-moderna e tem adquirido formas, usos, ethos e status tão diversos que demanda novas lentes de observação e reflexão para objeto em questão. O ponto de partida deste GT, é a busca dos indivíduos por demonstrar valores e identidades em uma sociedade hiperconectada e que procura meios comunicar seus eus com os outros [eus] de forma direta e rápida. Compreendemos, neste sentido, o consumo como um fator importante na construção da imagem, embasado pela ascensão do discurso neoliberal e por conseguinte seu processo de hiperindividualização dos sujeitos. Assim, as pessoas podem utilizar as práticas de consumo para atrelar à sua autoimagem características de determinada classe social, nutrindo perspectivas do mercado que, por sua vez, se apropria das causas sociais, como movimento negro, comunidade LGBTQI+ e a emancipação feminina, para oferecer nichos de mercado que reflitam lutas identitárias, o chamado marketing de causa. Desta forma, é essencial compreender as percepções, emoções, significados e hábitos que as pessoas utilizam para consumir bens materiais, culturais e serviços, buscando aproximar teoria e prática para descortinar questões sociais em pauta no cenário presente e no futuro.

GT 06 - Cultura e Políticas Culturais

Coordenação: Bruno Pedrosa Nogueira (UFPE) e Rafael Moura de Andrade (UFPE)

 

Resumo: O debate sobre as políticas culturais no campo social no Brasil pode ser considerado relativamente novo. Parte disso é consequência da temática só ter entrado de fato na agenda nacional a partir de meados da década de 1960, com intensificação das discussões sobre a cultura como política pública federal apenas ao final do regime ditatorial militar. Deste modo, é fundamental abrir espaços de debate e articulações de pesquisas, no sentido de ampliar redes de contato para a construção de uma epistemologia que costure diversos eixos teórico das ciências sociais, como a sociologia, antropologia, mas também a comunicação e o próprio estudo das artes. Partimos das noções de Políticas Culturais propostas por Philippe Urfalino, que a define como “momento de convergência e de coerência entre, de um lado, representações do papel que o Estado pode atribuir à arte e à cultura no que diz respeito à sociedade e, de outro, a organização de uma ação pública” (2015, p.15), e por Néstor Garcia Canclini, que fala de um “conjunto de intervenções realizadas pelo Estado, pelas instituições civis e pelos grupos comunitários organizados a fim de orientar o desenvolvimento simbólico (...) e obter consenso para um tipo de ordem ou de transformação social” (2020, p. 52). Neste sentido, interessa ao GT trabalhos que criem reflexões, análises e tragam dados de ações culturais em âmbito local, nacional e internacional, assim como o mapeamento de agentes, sejam do setor público ou de instituições diversas, que causam impacto na construção de identidades, no espaço público e, em especial, dos espaços de resistência dessas políticas em tempos de conservadorismo político.

 

Palavras-chave: Política cultural; Estudos Culturais; Gestão Pública.

GT 07 - Festas, Culturas Populares, Performances e Rituais Festivos

Coordenação: Gabriela Pimentel de Araújo (UFPE), Lady Selma Ferreira Albernaz (UFPE) e Leonardo Leal Esteves (UFPE)

 

Resumo: Este grupo de trabalho tem como objetivo debater estudos sobre festas, cultura popular, performances e rituais festivos. Essa variedade de conceitos remete a acontecimentos que se expressam, muitas vezes, a partir de eventos cíclicos e ocupam uma importância central na vida de diversas coletividades. Por esta razão, eles marcam o tempo da sociedade, as relações entre as pessoas e organizam a vida humana. Além disso, são referências importantes do ponto de vista simbólico, econômico e/ou social para diversos atores sociais e têm sido foco de políticas públicas, processos de patrimonialização e musealização. O GT tem interesse em promover o debate acerca de estudos realizados em torno deste tema reunindo pessoas pesquisadoras em nível de graduação e pós-graduação. 

 

Palavras-chaves: Festas; Culturas Populares; Performance; Rituais Festivos.

GT 08 - Gênero, Educação e Processos Emancipatórios

Coordenação: Nathielly Darcy Ribeiro Araújo (UFPE), Andréa Bianca Gonçalves Ferreira (UFPE) e Juliana Torres Y Plá Trevas (UFPE)

 

Resumo: O GT - Gênero, Educação e Processos Emancipatórios pretende reunir trabalhos que abordem questões de gênero a partir de um olhar interseccional atento para as práticas educacionais e lutas emancipatórias. Neste sentido, buscamos compreender práticas educacionais e lutas emancipatórias que visam superar as relações assimétricas de poder entre gêneros nos diferentes contextos na contemporaneidade. Importante ressaltar que os territórios onde essas práticas educacionais e lutas emancipatórias travam suas batalhas e conflitos acontecem nas margens do poder hegemônico sejam por meio das ações do estado ou por atores e atrizes que atuam a favor do sistema capitalista.

GT 09 - Mídia e Política

Coordenação: Carla V. Ribeiro Sales (UFPE), Paulo da Costa Pereira Neto (UFRJ) e Rebecca Botelho Portela de Melo (UFPE)

 

Resumo: Ao menos desde o processo de redemocratização por que passou o Brasil, tornou-se lugar-comum a afirmação de que mídia e política apresentam relações extremamente imbricadas. Os desdobramentos dessa constatação podem ser observados nos impactos dos meios de comunicação de massa sobre a ação política em geral, seja porque protagonizam a produção da agenda pública – ponto fulcral do jogo político –, seja porque se colocam como o principal instrumento de contato entre a elite política e o cidadão comum, ou mesmo porque formam climas de opinião e induzem à construção de cenários públicos, produzindo imagens sociais que alteram os parâmetros de sociabilidade. Na história sociopolítica brasileira recente, porém, se, por um lado, a posição de centralidade que a mídia tradicional ocupa na sociedade contemporânea mostrou-se clara no apoio inconteste a episódios como o do Mensalão e da Operação Lava Jato, por outro, a legitimidade da mídia como mediadora entre “fatos” e “público” vem sendo questionada em diversos âmbitos e por diferentes agentes sociais. Trata-se de um fenômeno bastante multifacetado, que envolve o protagonismo das redes sociais e a emergência de novos agentes na comunicação de massa. Diante disso, este Grupo de Trabalho propõe-se a discutir a ampla e complexa relação entre mídia e política, suas influências mútuas e o cenário de crise em que ambas se encontram à luz da ascensão da extrema-direita ao poder, no Brasil e em outras partes do mundo.

 

Palavras-chave: Mídia; Política; Democracia; Legitimidade; Redes sociais.

GT 10 - Os mundos da arte e sua produção de novos significados 

Coordenação: Samara Maria de Almeida (UFPE) e Gabriel Góes do Amaral (UFPE)

Resumo: Este GT acolherá pesquisas empíricas e reflexões teórico-metodológicas que se orientem pelo estudo de trajetórias, práticas, agenciamentos artísticos e produções culturais seguindo as abordagens de uma Sociologia da Arte que lance luz às mudanças e transformações ocorridas nos mundos da arte, seus novos sentidos e significados. Estas transformações são relevantes, porque apontam para novas perspectivas na interpretação do fenômeno artístico traçando um caminho que dialoga, por um lado, com abordagens que tomam a arte como objeto de estudo, ora com a vivência das(os) agentes nos processos objetivos e subjetivos do fazer artístico. É um GT interdisciplinar, cujo propósito é abarcar áreas do conhecimento como antropologia, arquitetura e urbanismo, história, cinema, comunicação, letras, música, teatro, dança e pintura. O GT se apoia nas perspectivas de autoras(es) como Patrícia Hill Collins (interseccionalidade), Howard S. Becker (mundos da arte), Hal Foster (arte e crítica em tempos de desmontes), Nathalie Heinich (sociologia dos produtores artísticos) e dentre outras(es) que mapearam as reconfigurações do mundo da arte. O GT objetiva apontar a produção de novos sentidos e significados nos mundos da arte, práticas artísticas, estéticas, territórios, identidades, interseccionalidade – elementos que marcam os agentes e suas formas artísticas. Os estudos que ilustram os campos de pesquisa e abordam os objetos de interesse deste GT são: a) grupos socioculturais que trazem novas percepções estéticas sobre como pensar o ativismo na arte (artevismo); b) visibilidade de mulheres, pessoas negras, periféricas pessoas LGBTQIA+; c) práticas, agenciamentos e criações artísticas.

 

Palavras-chave: Mundos da arte; Estéticas; Trajetórias; Artístico.

GT 11 - Pensamento Social no Brasil

Coordenação: Dayane Silva Nascimento (UFPE) e Ariel Assis Lima (UFPE)

 

Resumo: Este grupo de trabalho tem como objetivo dar espaço para apresentação de trabalhos e fomentar o debate e reflexão crítica sobre as contribuições das Ciências Sociais na discussão de pesquisas teóricas ou empíricas em estágio inicial, andamento ou finalizadas em temáticas transversais sobre a produção intelectual sobre o Pensamento Social no Brasil. A proposta é a apresentação de trabalhos que contenham interpretações e análises da produção do conhecimento sobre a formação da sociedade brasileira e o Brasil contemporâneo a partir do estudo de interpretações clássicas e de seus debatedores. Os trabalhos podem abordar os grandes debates e polêmicas intelectuais que marcaram o final do século XIX, o século XX e suas leituras no presente e a relação entre teoria social, problemas sociológicos e interpretações do Brasil.

Palavras-chave: Pensamento social; Sociedade brasileira; Sociologia no Brasil; Interpretações

do Brasil.

GT 12 - Pensamentos decoloniais em ciências sociais e outras intersecções / O pensamento de Álvaro Vieira Pinto

Coordenação: Ana Carla Barros Sobreira (Unicamp) e Freddy Calderon Choque (Universidad Tecnica de Oruro) / Coordenação: Dauto João da Silveira (Unioeste) e Alessandro Eziquiel da Paixão (IFC)

 

Resumo: A proposta de um GT em Ciências Sociais com interfaces em outras áreas e campos de investigação (Educação, Linguística, Sociolinguística, Pedagogia Crítica, Análise do Discurso Crítica, etc), atesta a indisciplinariedade, transdisciplinariedade e multidisciplinariedade como características preponderantes no nosso contexto atual. Demonstra também, sua relevância ao abranger um vasto campo de discentes, futuros profissionais, que irão atuar como pesquisadores e/ou professores desde a Educação Básica ao Ensino Médio e Superior, visando promover o desenvolvimento e o compartilhamento de trabalhos, o que traz contribuições para pesquisadores, educadores e formadores de professores. O campo da Ciências Sociais é, a nosso ver, específico e ao mesmo tempo, vasto, rico e, sobretudo, relevante, tendo em vista a necessidade de rumarmos, enquanto humanidade, para práticas sociais, discursos e práxis críticas, emancipatórias, que visem à democracia, à mitigação de opressão e desigualdade. Nessa proposta de GT, esperamos proporcionar espaço de aprendizagem e interação entre estudiosos nacionais e porque não, internacionais, buscando avanços teóricos e pedagógicos na área em foco. Ademais, buscamos dar visibilidade às vozes subalternas que muitas vezes são silenciadas pelos saberes etnocêntricos e hegemônicos. Esperamos receber trabalhos concluídos ou em andamento que abordem as pesquisas relacionadas às Perspectivas Decoloniais, que tenham como foco estudos de gênero, raças e etnias, linguagens, identidades e suas subjetividades, educação cultural e (inter)cultural, discursos e sociedades.
 

Resumo: A relevância do Grupo de Trabalho que ora apresentamos pode ser vista a partir da preocupação teórica que Álvaro Vieira Pinto dispendeu ao longo dos seus livros. Não foi somente um filósofo, foi precisamente um pensador com enorme inclinação à realidade das Ciências Sociais brasileiras e à emancipação dos povos subjugados; razão pela qual é reconhecido como o mais destacado pensador brasileiro do século XX. Mesmo com tamanho destaque no pensamento social nacional, não é equivocado afirmar que Álvaro Vieira Pinto é pouco estudado no meio acadêmico; é ainda menos estudado fora dele; o resultado desses dois fatores é um só: há um imenso desconhecimento sobre a capacidade analítica do autor. Diante disso, o nosso Grupo de Trabalho se justifica pela simples razão de se colocar enquanto um esforço de estudo que visa trazer à luz questões fundamentais, como educação, cultura e tecnologia, da teoria de Vieira Pinto; além disso, terá como preocupação o resgate do pensamento nacional enquanto peça do dispositivo de emancipação política e cultural dos países subdesenvolvidos. O presente GT tem como objetivo receber trabalhos que analisem a relevante obra de Álvaro Vieira Pinto, especialmente a relação entre cultura, educação e tecnologia na atualidade.

Palavras-chave: Emancipação; Educação; Cultura.

GT 13 - Pessoas em situação de rua no Brasil: histórias de pobreza, trabalho e lutas sociais

Coordenação: Patrícia Marília Félix da Silva (POPULUS-UFPE), Maicon Mauricio Vasconcelos Ferreira (POPULUS-UFPE) e Aurélio de Moura Britto (POPULUS-UFPE)

 

Resumo: O Brasil, avaliado como um dos países mais desiguais do mundo em níveis socioeconômicos, situação agravada pela intensidade de outras desigualdades sociais, possui um quantitativo alto de pessoas em situação de rua. Segundo a última estimativa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em 2020 havia aproximadamente 222 mil pessoas em situação de rua no país, as quais, por mais que componham um grupo heterogêneo, apresentam como pontos em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares e/ou comunitários interrompidos e/ou fragilizados, a ausência de moradia convencional e o desemprego. Nas ruas, estes indivíduos, em condição de constante errância, vivenciam diversas dificuldades cotidianas, como o uso abusivo de álcool e/ou outras drogas, discriminação racial, dificuldade para inserção laboral (aspecto que não os impede de desempenhar as mais diversas modalidades de trabalho no âmbito da informalidade), carência nutricional, falta de locais apropriados para higienização pessoal, dificuldades para dormir e descansar etc., em um contexto de débeis políticas públicas que possibilitem a estas pessoas alternativas efetivas para saída das ruas. Assim, esta proposta de Grupo de Trabalho objetiva discutir a história e as diferentes realidades da situação de rua no Brasil, a fim de articular perspectivas teórico-metodológicas interdisciplinares que possibilitem uma compreensão complexa deste fenômeno, de maneira que este exercício analítico contribua aos estudos da pobreza, das desigualdades sociais e do trabalho e, também, sirva como ponte e complementariedade entre a academia e a elaboração de políticas públicas direcionadas a estas pessoas.

GT 14 - Povos e comunidades tradicionais, mobilizações e diálogos interdisciplinares: experiências de pesquisas e conflitos socioambientais na contemporaneidade / SOCIEDADE, MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: PROBLEMAS E DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS NO BRASIL E NA AMÉRICA LATINA

Coordenação: Tacilvan Silva Alves (UFRJ), Filipe da Cunha Gomes (UFPE) e Iarinma Morais de Paula (UEL) / Coordenação: Rafael Braz da Silva (UEL), Kauê Pessoa (Universidade de Buenos Aires) e Felipe Bueno Amaral (UFPR/ECOSUR/CONACYT)

Resumo: A proposta do GT é de estabelecer debates sobre experiências de trabalhos realizados junto aos povos e comunidades tradicionais e refletir sobre a construção do conhecimento sociológico a partir das relações de conflitos vivenciadas em contexto presente, onde a ação política insurgida em diferentes situações sociais tem enfrentado turbulências mediante a criminalização de diferentes formas coletivas de mobilização. Pretende-se promover um diálogo sobre práticas de pesquisas e extensão com povos e comunidades tradicionais e como essas produções perpassam e identificam tensões sociais no presente em face aos distintos acirramentos de conflitos estabelecidos em âmbito nacional. O GT, assim, tem como objetivo: 1) Reunir trabalhos de áreas das Ciências Sociais e demais ciências afins, sob a perspectiva de perceber os desafios que estas tem enfrentado frente aos obstáculos na produção de conhecimentos relacionados às mudanças e contingenciamentos estatais no Brasil; 2) Refletir sobre atividades de pesquisa junto a povos e comunidades tradicionais que têm objetivados suas lutas em movimentos sociais e outras formas específicas de mobilização, considerando, inclusive, as estratégias que esses grupos organizam frente aos desafios para garantirem suas diferentes formas de uso e apropriação dos territórios; 3) Trabalhos que reflitam como que as produções de conhecimentos engajados passam a ser interpretados por distintas instâncias como “ameaçadores” à uma ordem estabelecida; 4) Experiências em pesquisas junto a povos e comunidades tradicionais em mobilização para a garantia de currículos escolares baseado em seus diferentes elementos étnicos.

 

Palavras-chave: Povos e comunidades tradicionais; Mobilizações; Conflitos socioambientais.

Resumo: Este grupo de trabalho pretende discutir diferentes questões contemporâneas que perpassam o contexto socioambiental, especialmente na América Latina. Aportes voltados ao território, às territorialidades, ao bem-viver, às ressignificações dos fenômenos socioambientais, novos e/ou tradicionais ordenamentos culturais, às diversidades ontológicas, a outras racionalidades e ao agir político têm reclamado por novos padrões de conhecimento (e reconhecimento) que envolvam dinâmicas complexas para lidar com o período contemporânea. E o contexto pós-pandêmico e pós-eleições em diferentes países latino-americanos será especialmente desafiador quando consideramos os temas relativos às dimensões social, econômica e ambiental, especialmente quando consideramos algumas temáticas complexas e orientadas aos movimentos socioambientais; à defesa dos direitos; à agricultura familiar; à segurança alimentar; ao consumo; àquelas referentes ao desmatamento e/ou problemas hídricos e energéticos; ou ainda, diante das múltiplas crises políticas, ecológicas e econômicas e a diversidade de propostas voltadas ao desenvolvimento. Do que foi exposto, percebe-se a importância de retomar e aprofundar tais debates sociais, ecológicos e territoriais. E como neste processo reside a própria pretensão de recolocar novos temas, problemas e teorias avante – e em diálogo – com seus predecessores; ou ainda, diante de novas necessidades analíticas, novos desafios e múltiplos problemas empíricos que a realidade socioecológica impõe.

 

Palavras-chave: Sociologia ambiental; Ecologia; Desenvolvimento Sustentável.

GT 15 - Religião e Política: horizontes empíricos e teóricos 

Coordenação: Ana Carolina de Oliveira Marsicano (UFPE) e Maria Eduarda Antonino Vieira (UFPE)

 

Resumo: O objetivo desse GT é reunir trabalhos dedicados às variadas formas de articulação entre o religioso e o político, a partir de diversidade de temáticas e abordagens teórico-metodológicas. Os estudos acerca da política e da religião conquistaram destaque no campo das Ciências Humanas e Sociais, especialmente no tocante à interação entre essas duas esferas. Assim, buscamos trabalhos que atribuam centralidade as discussões envolvendo a presença pública das religiões, tanto no que diz respeito a sua presença institucional, quanto a uma perspectiva fenomenológica, privilegiando as diversas formas materiais de produção da experiência religiosa. Buscamos discussões centradas em quatro eixos temáticos: 1) Grupos religiosos e atuação político-institucional; 2) Movimentos, grupos e coletivos religiosos; 3) Neoconservadores e religiosos “progressistas”: identidade e agendas em disputa; 4) Abordagens com foco na materialidade da religião. Em um contexto de tamanha visibilidade pública da religião na política contemporânea, e por se tratar de um objeto crescentemente disperso e polissêmico, buscamos nesse espaço contemplar e contribuir através de trabalhos e de discussões que espelham a diversificação temática no âmbito dos estudos da religião.

 

Palavras-chave: Religião; Política; Movimentos Sociais; Neoconservadorismo; Materialidade.

GT 16 - Religião e suas manifestações cotidianas

Coordenação: Sandro Soares Ramos de Freitas (UFPE) e Polyanny Lílian do Amaral Braz (UFPE)

 

Resumo: As práticas religiosas têm se manifestado em várias dimensões da vida social. Mesmo quando não explicitamente relacionada a instituições religiosas, práticas de cunho religioso podem ser identificadas nas mais diversas esferas da sociedade, como nos movimentos sociais, política, economia, relações de gênero, consumo, entre outras. Figuram também, nesse debate, as manifestações que abarcam temas como laicidade e espaço público. Desde a virada do século XIX para o XX, as ciências sociais têm evidenciado com clareza a função social dos fenômenos religiosos enquanto ordenadores da vida coletiva - SIMMEL (1989), MAUSS (1902), WEBER (1905), DURKHEIM (1912). Em contextos culturalmente plurais, que condicionam as tradições religiosas e espirituais a dialogarem e perceberem, no convívio com a diversidade, o dinamismo das experiências que estão entre e para além das próprias noções e práticas espirituais, se evidencia o entrelaçamento entre religião e a vida prática. Desta forma, este GT se propõe a estimular o debate sobre o tema, ao destacar como os fenômenos religiosos estão intrinsicamente ligados a ações práticas cotidianas. Além de considerar a pluralidade religiosa atual e compreendendo as manifestações do sagrado no mundo contemporâneo, buscaremos incorporar as análises sobre as experiências da religiosidade na vida cotidiana.

 

Palavras-chave: Religião; Contemporaneidade; Cotidiano.

GT 17 - Religiosidade e novas relações com o sagrado 

Coordenação: Fagner José de Andrade (UFPE) e David José Pereira Gonzaga (UFPE)

 

Resumo: A religiosidade tem se destacado no cenário das ciências humanas desde muito tempo, porém, tem se acentuado ainda mais na atual situação que vivemos. O contexto pandêmico revelou ainda mais a forma e as tensões de se relacionar com o sagrado nas suas múltiplas experiências e necessidades de respostas as questões sociais das mais distintas que se mostraram de forma mais intensa nesse último ano. Desta forma, nossa proposta de grupo de trabalho pretende acolher pesquisas, estudos e experiências que abordem dentro das ciências sociais temas como religiosidades, gênero e novas relações com o sagrado, experiências individuais, virtualidade, peregrinação, romarias e processos identitários como juventude, religião e sexualidade.

 

Palavras- chave: Experiências; Gênero; Pandemia; Religiosidades.

GT 18 - Saúde, corpo e emoções / Reflexões críticas acerca do sofrimento psíquico na atualidade e o crescimento dos programas de autogestão emocional

Coordenação: Eliane Maria Monteiro da Fonte (UFPE),  Lujan Fragoso Farias Junior (UFPE) e Bruno Lucas Azevedo Amorim Pinangé (UFPE) / Coordenação: Maria Luiza Rebêlo de Azevêdo (UFPE) e Mariana Cavalcanti Albuquerque (UFPE)

 

Resumo: Este Grupo de Trabalho tem como objetivo dar espaço para apresentação de trabalhos e fomentar o debate e reflexão crítica sobre as contribuições das Ciências Sociais na discussão de pesquisas teóricas ou empíricas em estágio inicial, em andamento ou finalizadas em temáticas transversais sobre a tríade apresentada no título do GT. Pretende-se aqui incluir também propostas de comunicações sobre temas que lidam com as questões relacionadas à saúde mental, sofrimento psíquico, emoções e felicidade. Serão bem vindos estudos com abordagens sobre culturas, cosmovisões, percepções, subjetividades em torno do corpo, saúde, qualidade de vida, doença e cuidados, itinerários terapêuticos, medicina oficial e alternativa, estigma e exclusão, assim como, os enfoques sobre como estas temáticas tem sido tratadas nas sociedades contemporâneas e seus reflexos nas instituições, políticas públicas e nas novas práticas sociais e culturais.

 

Palavras-chave: Saúde; Doença; Corpo; Qualidade de Vida; Emoções.

Resumo: Este GT pretende acolher trabalhos tanto teóricos, quanto empíricos, que visem elucidar reflexões críticas a partir de dois eixos principais de análise. No primeiro, nos interessam discussões a partir da intersecção das Ciências Sociais e áreas psi, sobretudo aqueles que, na esteira do pensamento de Rose (2019), reflitam a crise do modelo psiquiátrico vigente por categorizar, tratar e explicar o sofrimento e adoecimento mental em uma perspectiva majoritariamente biologizante. No segundo eixo, serão bem-vindos os estudos sobre os programas de autogestão emocional, tais como literaturas de autoajuda, “imprensa conselheira” (Condé, 2004) e coaching, os quais focam em estratégias a serem desempenhadas pelos indivíduos, através de uma abordagem pragmática sobre a vida em direção daqueles que seriam supostamente os interesses e objetivos pessoais de cada um. As formas de nomeação, categorização e gestão do sofrimento psíquico colocadas apenas na dimensão individual, ocultam dinâmicas que na realidade são indissociáveis à compreensão desses fenômenos. Não obstante, as Ciências Sociais enfatizam o peso de questões políticas, culturais e históricas nos processos de subjetivação em meio aos sintomas vivenciados pelos indivíduos no contexto das contradições próprias ao capitalismo contemporâneo. Ao ter em conta que as sociedades modernas de mercado engendram medidas avaliativas dos indivíduos pelos seus graus de eficiência pessoal, produtividade, funcionalidade, desempenho, performance e sucesso financeiro, acabam por criar parâmetros de autopercepção em um conjunto amplo de normas de comportamento cujos efeitos simbólicos e práticos podem ser investigados e discutidos nesta sessão.

 

Palavras-chave: Indivíduo; Sofrimento Psíquico; Autogestão emocional; Subjetividade

GT 19 - Saúde, Cuidado e Sociabilidades: concepções, práticas e experiências

Coordenação: Lorena Cronemberger (UFPE), Álvaro Botelho (UFPE) e Flávia Vieira (UFPE)

 

Resumo: Considerando que a saúde é um fenômeno complexo abarcador de saberes e práticas diversas, nosso grupo de trabalho objetiva discutir de forma ampla perspectivas plurais e díspares sobre saúde e adoecimento em suas variadas dimensões. Nosso propósito é debater, por meio da contribuição de trabalhos nas mais diversas áreas das ciências sociais, mas não somente delas, concepções e práticas de saúde, bem como suas relações com as sociabilidades dos atores envolvidos. Também nos interessamos em refletir sobre o atual contexto de pandemia, suas implicações para as relações sociais e possíveis reconfigurações de concepções e práticas de saúde, adoecimento e cura. Partimos dos seguintes pressupostos: (1) a existência da impossibilidade de compartimentalizar o entendimento da saúde, restringindo-o a uma única dimensão; (2) da existência de um aglomerado de práticas, noções de saúde e adoecimento formadoras de diferentes sistemas médicos, dentre os quais está a medicina ocidental/hegemônica e (3) do diálogo entre esse sistemas e de sua influência nos círculos sociais dos atores, a saber no que consta ao gerenciamento do cuidado e do seu entendimento sobre o que é saúde e bem-viver.

Palavras-chave: Saúde; Cuidado; Sociabilidades; Pandemia Covid-19.

GT 20 - Sociabilidades em rede: desafios contemporâneos para as Ciências Sociais na era da conectividade

Coordenação: Micheline Dayse Gomes Batista (UFPE), Vilma Barbosa Felix (UFPE) e Daniel Monteiro do Nascimento (UFPE)

Resumo: Nos últimos anos, as Ciências Sociais têm produzido importantes trabalhos sobre as influências dos usos das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs) nas relações sociais contemporâneas. No entanto, este tema transdisciplinar de estudo ainda é um campo em disputa e está em consolidação tanto no Brasil quanto no mundo. A partir da organização do GT proposto, pretendemos somar esforços para atualizar e dar uma perspectiva (g)local ao nosso próprio modo de pensar as “culturas digitais” e as “sociedades da informação”. A questão norteadora, ou melhor, suleadora da proposta é: como problematizar a indissociabilidade entre a conectividade das TDICs e as conexões humanas – as subjetividades, as afetividades, as trocas comunicacionais, as diversas formas de produção, circulação e consumo de bens (i)materiais e, sobretudo, as relações de poder? O objetivo é instigar reflexões que visem plurificar perspectivas e apontar desafios das Ciências Sociais brasileiras na contemporaneidade, bem como de sua inserção internacional, na promoção de uma possível agenda de investigação das sociabilidades em rede, uma vez que as questões implícitas às pesquisas brasileiras sobre este tema estão intrinsecamente ligadas ao modo como as Ciências Sociais entraram no ciberespaço ou, pelo menos, como vivenciamos a “cibercultura” ou as “culturas digitais” e como construímos uma “sociedade da informação” no Brasil. O GT será estruturado a partir de quatro eixos: a) Reflexões teórico-metodológicas para a pesquisa das sociabilidades em rede; b) Subjetividades, diferenças, desigualdades e inclusão digital; c) Ciberdemocracia, movimentos sociais, ações coletivas e ativismo on-line; d) Territorialidades, comunidades e redes sociais on-line.

 

Palavras-chave: Cibercultura; Culturas digitais; Tecnologias digitais de informação e comunicação; Sociabilidades em rede; Sociedades da informação

GT 21 - TAR (Teoria ator-rede) e OOO (Ontologia Orientada aos Objetos): teorias sociais e antropológicas divergentes

Coordenação: Gabriel Ferreira de Brito (UFPE/IBAMA), Otávio Souza e Rocha Dias Maciel (UnB) e Thiago de Araújo Pinho (UFBA)

 

Resumo: Catharine Malabou é uma filósofa da neurociência que tem se destacado ao tensionar o pensamento de Hegel, de Derrida, mas, não apenas; o de Simone de Beauvoir, desconstruindo, destruindo e, diríamos, “restituíndo” novos caminhos entre filosofia, ciência, ética e política. Todavia, outras autorias fazem aportes que às vezes transitam entre filosofia da ciência, antropologia de modernos e antropologia de ontologias (ontological turn), deixando a demarcação entre – sempre entre realidades de áreas – borrada ou tênue (onde começa a filosofia e onde termina a antropologia? O que é teoria social e por que distingui-la da antropologia?). As teorias mais recentes que podem ser chamadas de “alternativas” dialogam com essas diversas áreas, tensionando-as, (re)escrevendo-as a seu modo. Duas destas abordagens são a Teoria Ator Rede [sem o “do”] e Ontologia Orientada aos Objetos. Este GT se propõe, portanto, a acolher trabalhos atuais que dialoguem com abordagens pós-sociais, pós-culturais e pós-epistemológicas. Por outro lado, a dimensão crítica e política dele dialoga e acolhe trabalhos ligados a teorias decoloniais, no intuito de fazer o que a filósofa da ciência, Isabelle Stengers, chamou de “pontes”. Portanto, cruzamos experimentalmente trabalhos que, atualmente, tem sido com-postos (Donna Haraway) por corpos diferentes e críticos da crítica metafísica presente no avanço do legado derridi-butleriano, levado a cabo por Malabou e sua (re)escrita, mas também na narrativa alternativa ao antropoceno e capitaloceno, a saber, do chthuloceno de Haraway.

 

Palavras-chave: TAR; OOO; Teoria social; Virada ontológica; Antropologia da ciência.

GT 22 - Teoria social para além do cânone androcêntrico e eurocêntrico

Coordenação: Guilherme Figueredo Benzaquen (UFPE), Marcele de Morais Silva (UFPE) e Luna Ribeiro Campos (CEFET-RJ/Unicamp)

 

Resumo: Este Grupo de Trabalho busca contribuir com a proliferação e debate das reflexões que tomam o cânone como uma construção histórica e em disputa. Se o cânone se constitui a partir de processos de exclusão do definido como não-canônico, esse espaço será destinado àquelas e àqueles que têm se empenhado em analisá-lo a partir das questões prementes do presente. Será, portanto, destinado a todas as pessoas que estejam empenhadas em compreender as limitações e reconstruções do conjunto de autores, autoras e teorias que se consolidaram como paradigmáticos, tanto em âmbito nacional quanto internacional. Nesse sentido, os trabalhos apresentados no GT poderão abarcar dois esforços que têm ganhado projeção recentemente: (1) a revisão crítica dos autores, autoras e teorias canônicas que buscam demonstrar suas lacunas, exclusões e insuficiências; (2) a necessidade de incluir autores, autoras e teorias até então ignorados ou marginalizados. Com isso, buscamos abranger trabalhos que, ao tomarem o cânone enquanto objeto construído, promovam a sua renovação seja a partir de interpretações que tomam o androcentrismo e o eurocentrismo como eixo de discussão, seja através da inserção de autores e autoras que também produziram reflexões importantes sobre a modernidade e suas margens.

 

Palavras-chave: Teoria Social; Cânone; Androcentrismo; Eurocentrismo.

GT 23 - Trabalho, Ofícios, Profissões e Sindicalismo

Coordenação: Sidartha Soria (UFPE) e Victor de Oliveira Rodrigues (IFPB)

 

Resumo: O GT busca promover o debate no campo mais amplo de estudos sobre o mundo do trabalho, que abrange as disciplinas da Sociologia do Trabalho e dos Ofícios, Sociologia das Profissões e Ações Coletivas na esfera laboral. O GT está aberto a artigos sobre os seguintes temas: novas modalidades de trabalho no séc. XXI, trabalho digital, precarização e intensificação do trabalho; relações trabalhistas, ações coletivas e movimento sindical; profissões, dinâmica profissional e trabalho; ofícios e sentidos do trabalho.

GT 24 - Violência e controle social

Coordenação: Lara Maria Alves Falcão (UFPE) e Raphael Nascimento (UFPE)

 

Resumo: O Brasil é um país com altos índices de violência, como revelam as atuais taxas de homicídios, as condições de tortura no sistema prisional e a existência de grupos armados que atuam nas margens do Estado. O objetivo deste GT é criar um espaço de trocas entre pesquisadores/as que tematizem as diferentes modalidades de violência e de controle social por elas ensejadas. Serão aceitos trabalhos empíricos e teóricos que versem sobre práticas estatais, como a violência e a tortura cometidas por policiais, policiais penais e agentes socioeducativos, e não estatais, a exemplo da atuação de grupos paramilitares, de conflitos relacionados aos mercados de drogas e da violência doméstica. Igualmente, nos interessam estudos sobre os diversos dispositivos de controle social que incidem sobre práticas de violência, sejam eles formais - por exemplo, controles internos e externos das polícias, tais como Corregedorias, Ministério Público e Judiciário - ou informais, como os mecanismos não estatais de policiamento e vigilância. Também serão aceitos trabalhos que discutam os desafios e possibilidades metodológicas no estudo das violências e seus controles. Por meio desses debates pretendemos visibilizar práticas de violência incrustadas nas instituições, discutir as percepções e os discursos dos atores sociais sobre esses fenômenos, pensar aparatos conceituais que contemplem os imbricamentos entre público e privado, formal e informal e contribuir para novas agendas de pesquisa sobre os temas.

 

Palavras-chave: Violência; Controle social; Sistema de Justiça Criminal.

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