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Conheça as

Mesas-Redondas 

MR 01 - POLÍTICA, SOCIEDADE E SENSIBILIDADE EM TEMPOS DO (DES)GOVERNO BOLSONARO

Link da Transmissão: https://www.youtube.com/watch?v=5tfOjtQPC3A

Mediação: Patrícia Marília Félix da Silva (UFPE)
Palestrantes: Michel Zaidan Filho (UFPE) e Maicon Mauricio Vasconcelos Ferreira (UFRRJ)

 

Resumo: A mesa redonda se propõe a tematizar a crise sanitária, social e política no (des)governo Bolsonaro, ao discutir não só as dimensões macro da pandemia, mas a sociabilidade em tempos de cólera e isolamento social, questões como a afetividade, o sentimento, a convivência, a solidariedade, a morte, o sofrimento, o sentido da vida etc. com a preocupação de desenhar a moldura política e ideológica dessa modalidade de fascismo tupiniquim. Estamos diante daquilo que um estudioso chamou de “neomiseria” e “neofascismo”, pela constatação de que já não há lugar no mundo dos pobres e miseráveis.

MR 02 - VEREDAS PARA A DE(S)COLONIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO: UM CAMINHAR COM ÁLVARO VIEIRA PINTO E CONCEIÇÃO EVARISTO

Link da Transmissão: https://www.youtube.com/watch?v=PFnZ1GAmOyQ

Mediação: Breno Augusto da Costa (UFU)
Palestrantes: Núbia Luiz Cardoso (UDF); Luiz Ernesto Merkle (UTFPR) e Hevelyn Sabrina Silva Santos (UEFS)

 

Resumo: Temos por objetivo neste minicurso tanto favorecer uma aproximação ao pensamento de Álvaro Vieira Pinto, como propor uma correlação com algumas questões levantadas e discutidas por movimentos de(s)coloniais. Apresentaremos brevemente sua vida e sua obra, realçando algumas de suas principais teses e conceitos. Também discutiremos recepção de sua obra, argumentando que, como outros e outras intelectuais, seu reconhecimento foi prejudicado pela colonialidade do saber. Para isto serão contextualizadas questões relacionadas à colonialidade e à decolonialidade no pensamento contemporâneo. Com esta perspectiva almeja-se propiciar algumas correlações de reflexões apresentadas por Vieira Pinto à pedagogia caracterizada como decolonial, em particular por meio de (a) conceitos de consciência crítica e conscientização, indicando vários pontos de contato antecipados pelo autor; (b) abordar a questão da decolonialidade de gênero/ sexualidade e raça/etnia; e (c) a correlação entre seu pensamento e a Filosofia da Libertação, onde liberdade e consciência crítica também são enfatizados. Neste sentido, exploraremos decolonialidade e a escrevivência, esta última associada a Conceição Evaristo, à luz do complexo categorial de Vieira Pinto. À guisa de fecho, argumentaremos que ele, assim como outras ativistas e intelectuais do caracterizado Sul Global, têm obras com potenciais contribuições que podem retomados à luz de outras ecologias de saberes.

MR 03 - DIÁLOGOS E NARRATIVAS POSSÍVEIS: O DEVIR ENTRE ARQUEOLOGIA, ANTROPOLOGIA E HISTÓRIA

Link da Transmissão: https://www.youtube.com/watch?v=kMn79hq8Hnc

Mediação: Alexandre Gomes Teixeira Vieira (PPGA/UFPE)
Palestrantes: Emanuel da Silva Oliveira (PGH/UFRPE); Lucas Emanoel Soares Gueiros (PGH/UFRPE); Jaime de Lima Guimarães Junior (PGH/UFRPE) e Alex Alves de Oliveira (PGH/UFRPE)

 

Resumo: Esta mesa pretende dialogar sobre as aproximações entre as diferentes áreas das Ciências Humanas – Antropologia, Arqueologia e História – no contexto da prática das pesquisas e das demandas sobre as quais elas se debruçam. Esse momento surge de uma troca de experiências entre os participantes desta mesa, envoltos em atividades de pesquisa e extensão que se encontram geográfica e academicamente, em seus ciclos de debate, produção e instituições em que esses pesquisadores estão. Na atualidade existe um apelo por uma ciência que seja inter e transdisciplinar em sua composição e tomada de decisão, bem como, em suas construções teóricas, epistemológicas e metodológicas, sendo assim, pensar as confluências possíveis entre esses diferentes campos do conhecimento se faz necessário, inclusive para fortalecer a grande área das Ciências Humanas e sua atuação/intervenção no mundo contemporâneo especificamente no momento atual de negação e violação em que as disciplinas desse campo estão. Os membros da mesa atuam no semiárido nordestino em diálogo com povos e comunidades tradicionais, camponeses organizações da sociedade civil e na interface com grupos de pesquisa e extensão atuando diretamente com o patrimônio e as populações no interior dos estados de Alagoas, Ceará e Pernambuco, com foco nos conflitos e as dinâmicas envolvendo esses agentes.

MR 04 - RELIGIOSIDADE E CONSUMO: SACRALIZAÇÃO, DEVOÇÃO E SOCIALIZAÇÃO

Link da Transmissão: https://www.youtube.com/watch?v=xXkjfLXQMW4

Mediação: Francisco Mário de Sousa Silva (UFPE)
Palestrantes: Fagner José de Andrade (UFPE) e Michael Medeiros Marques (UFRN)

 

Resumo: Os movimentos religiosos no Brasil, especialmente as romarias, desenvolvem não apenas manifestações de devoção e penitência, mas múltiplos fenômenos que estão inseridos dentro do consumo de serviços e, principalmente, de objetos atrelados ao sagrado, o que Miller categoriza como “treco” (MILLER, 2013). Dentro desse contexto, esta proposta de mesa redonda pretende abordar temas importantes para a antropologia tais como devoção, religiosidade, peregrinação, sacralização e consumo e seus impactos na cultura e na socialização dos nordestinos. A reflexão toma como ponto de partida, pesquisas e etnografias desenvolvidas neste âmbito. Desta forma, as exposições e consequentemente os debates, irão colaborar na ampliação de conhecimentos sobre a antropologia do consumo, atrelada ao campo simbólico e religioso, possibilitando refletir sobre a construção das sacralidades, em territórios onde o “sagrado” é expressamente vivido, através de ritos e materializações, que muitas vezes, estão “desconectadas” do contexto tradicional do que se é entendido como religioso e pertencente ao campo já conhecido. O compartilhamento dessas pesquisas favorece o alargamento do debate e temas importantes na formação das ciências sociais.

MR 05 - FILOSOFIA BRASILEIRA E CIÊNCIAS SOCIAIS: O CASO DOS ISEBIANOS

Link da Transmissão: https://www.youtube.com/watch?v=pEG-UhulKdI

Mediação: Adriano Eurípedes Medeiros Martins (IFTM)
Palestrantes: John Karley de Sousa Aquino (IFCE); Allison Duarte Barbosa (UECE); Breno Augusto da Costa (UFU) e Igor Lucas Adorno Santos (UFU)

 

Resumo: O processo de crítica ao eurocentrismo e suas manifestações acadêmicas suscita a necessidade de uma revisão da história da filosofia brasileira. As atuais críticas à matriz colonial de poder contribuem ao processo de resgate do pensamento de autores e autoras do Sul Global subalternizados pela colonialidade do saber. É neste campo que se inserem os pensadores vinculados ao Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB). O ISEB foi um centro de estudos e pesquisas que teve como finalidade principal promover a compreensão crítica da realidade brasileira, tendo sendo extinto em 1964 por ordem do Golpe imperial- militar. O objetivo desta mesa é congregar comunicações que discutam a questão das ciências sociais no pensamento dos isebianos clássicos, Roland Corbisier, Alberto Guerreiro Ramos e Álvaro Vieira Pinto. Esta mesa se justifica considerando a importância de se superar o silenciamento epistêmico suscitado pelo eurocentrismo. As propostas intelectuais destes três autores têm grande atualidade e convergem com o pensamento crítico e libertador contemporâneo. Ademais, trata-se de uma iniciativa também relevante pelo fato de se propor o diálogo de sua produção com temas atuais das ciências sociais. Por fim, ressalta-se a característica comum aos três pensadores abordados, que é o engajamento crítico com a realidade brasileira concreta.

MR 06 - FAKE PLASTIC TREES: DE CIDADES INTELIGENTES PARA INFRAESTRUTURAS NEUROCOSMOS-PLÁSTICAS

Link da Transmissão: https://www.youtube.com/watch?v=cB7tNqp9-IQ

Mediação: Gabriel Ferreira de Brito (UFPE/IBAMA/HCTE-UFRJ/ESOCITE)
Palestrantes: Fernando Silva e Silva (APPH/UFRGS/PUCRS/HCTE-UFRJ); Laura Trachtenberg Hauser (SESC/SENAC); Phillip Villani (UFBA/ECSAS) e Raquel Littério (UFRN/ESOCITE)

 

Resumo: O objetivo principal desta mesa é refletir sobre Ciência Tecnologia e Sociedade (de modo interdisciplinar) e digitalização da vida. Entretanto, a proposta da mesa questiona os limites de cada área científica para lidar com a pandemia, com ambientes (e pandemias) digitais, e com as desigualdades infraestruturais que edificam as metrópoles e prosseguem com a hierarquia acadêmica, enquanto episteme, levando adiante a herança colonial. O primeiro eixo pensado para lidar com nossas heranças e compreender melhor o que estamos compondo enquanto seres (e não seres) é: ciência, arte e ecologia de ambientes. O segundo eixo é: neuroplasticidade, mônadas, antroposofia e romantismo alemão. Estes dois eixos reúnem uma gama de debates atuais em antropologia, sociologia, arte e cultura, mas também em engenharia de dados, saúde, economia, filosofia, direito e ciências políticas, pois lidam também com a res (coisa) pública. Serão abordados autores de diversas nacionalidades, passando por Gabriel Tarde, Charles Sander Peirce, Alfred North Whitehead; chegando ao tecnofeudalismo, com Yanis Varoufakis, entre outros. Já na contribuição de filosofias, incluindo da neurociência, como Catharine Malabou, os principais nomes são Isabelle Stengers e Donna Haraway, não ignorando o pensamento de Simone de Beauvoir (relida por Grada Kilomba, Judith Butler e, mais recentemente, por Malabou); e, por fim, do pensamento de atualidades que vão de Viveiros de Castro, Bruno Latour, Philipe Descola, Roy Wagner e Marilyn Strathern na antropologia; já na Sociologia nomes fortes são Martin Savranski e Jonh Law, assim como Mol, contemplando também a área de saúde.

MR 07 - RENDA BÁSICA UNIVERSAL NO BRASIL

Link da Transmissão: https://www.youtube.com/watch?v=NtUZSpsi7as

Mediação: Vitor Tavares Bahia (UFPE/PPGS)
Palestrantes: José Luiz Ratton (UFPE/DS/PPGS); Ana Carolina de Oliveira Marsicano (UFPE/PPGS) e Bruno Lazzarotti Diniz Costa (FJP)

 

Resumo: O objetivo dessa Mesa Redonda é contribuir para uma ampliação, no âmbito das Ciências Sociais, do debate sobre a implementação da Renda Básica Universal (RBU) no Brasil. Junto da crise do neoliberalismo na América Latina, somam-se as crises de proteção social, a ausência de políticas públicas de igualdade nos pilares sociais básicos, e o impacto devastador da pandemia no âmbito habitacional, na segurança alimentar, na saúde e no trabalho. A proposta da Renda Básica Universal (RBU) constitui parte importante da transformação do Estado de Bem-Estar em sua expansão e aprofundamento (não em sua substituição ou redução). Além de constituir uma política de combate à pobreza e à desigualdade, a RBU também objetiva uma redistribuição de poder na sociedade, facilitando e ampliando a possibilidade de mobilidade social e a margem de decisão das pessoas sobre seus projetos de vida e sua autonomia. Ainda assim, existem obstáculos para o reconhecimento e implantação da RBU, sobretudo no que diz respeito às restrições orçamentárias (indicando a necessidade de um novo pacto social vir acompanhado de um novo pacto fiscal). No nível simbólico, ainda existem fortes resistências à legitimidade de uma renda que não é derivada do regime de propriedade ou de trabalho (assalariado ou autônomo), ao caráter universal da transferência e à ausência de condicionalidades. No entanto, há um forte consenso em torno da necessidade de que o sistema de proteção social no Brasil seja aprofundado, e, nesse sentido, a discussão nas Ciências Sociais sobre a implementação da RBU faz-se tão necessária.

MR 08 - O PATRIARCALISMO NA LITERATURA BRASILEIRA: OSWALD DE ANDRADE, GRACILIANO RAMOS E RADUAN NASSAR

Link da Transmissão: https://www.youtube.com/watch?v=fxBnnyDiFxQ

Mediação: Jonatas Ferreira (UFPE)
Palestrantes: Paulo Marcondes Ferreira Soares (UFPE) e Aécio da Silva Amaral Júnior (UFPB)

 

Resumo: Embora seja mais que isso, a literatura constitui um espaço importante de reflexão da vida social, e essa proposição é igualmente válida no que toca a literatura brasileira. A própria ideia de brasilidade é impensável sem a contribuição de nossa literatura, assim como a discussão ampla acerca da identidade nacional marca a nossa formação literária. O patriarcalismo, como tema sociológico, pode ser associado a esta estética marcada pelo tema da identidade: é a partir da ideia de uma crise de representação que Oswald de Andrade propôs um “retorno ao matriarcado”; de maneira curiosamente consonante, a prosa de Graciliano Ramos é marcada por uma desconfiança no poder da linguagem, uma literatura marcada por várias formas de silêncio, por uma autocrítica corrosiva, umbilicalmente atreladas a uma perspectiva patriarcal e ao mesmo tempo à constatação de sua precariedade; em Raduan Nassar o questionamento da autoridade anda de par com a explosão da linguagem romanesca, inicialmente elaborando uma imagética potencialmente matriarcal, e avançando para uma estética no interior da qual a lei do pai é o elemento propulsor da tragédia e do sacrifício do corpo como unidade da experiência. Sem ignorar as especificidades contextuais e estilísticas que marcam as obras destes três autores, é possível perceber nelas a tensão ou mesmo o deslocamento da razão patriarcal que subjaz ao processo de modernização conservadora e autoritária do país entre início e fins do século XX. Com base na interpenetração entre linguagem e processo histórico- social, o tema desta mesa, pelo seu significado estético e político amplo, parece oportuno para pensar também esse momento brasileiro atual e arcaico.

MR 09 - TRABALHO NÃO CLÁSSICO COMO ALTERNATIVA TEÓRICO-METODOLÓGICA PARA COMPREENSÃO DO MUNDO LABORAL

Link da Transmissão: https://www.youtube.com/watch?v=CivX3yQE6-w

Mediação: Patrícia Marília Félix da Silva (UFPE)
Palestrantes: Rodrigo Ocampo Merlo (Universidad Autónoma Metropolitana - Iztapalapa, México) e Lorena Lopez Cruz (Universidad Autónoma Metropolitana - Iztapalapa, México)

 

Resumo: A perspectiva do trabalho não clássico, proposta por Enrique De la Garza Toledo, é uma alternativa teórica, metodológica e epistemológica para compreensão das múltiplas determinações que intervêm no trabalho, através da ampliação de conceitos que, no âmbito clássico, foram desenvolvidos para entender a indústria. Tal concepção analisa o trabalho independentemente de sua organização, regulação e características do produto a ser trocado (tangível ou intangível). Atrelada ao configuracionismo latino-americano, esta abordagem concebe a realidade como uma articulação entre estruturas, subjetividades e ações, reconhecendo que a intervenção de sujeitos não restritos à díade capital-trabalho, a exemplo do/a cliente, pode ser indispensável à execução do trabalho. Considerando as atuais transformações laborais, como a plataformização do trabalho e as diversas precarizações, esta mesa se justifica por resgatar a complexidade analítica sobre o processo de trabalho, ao considerar elementos ainda pouco debatidos neste universo, a exemplo do trabalho do/a cliente e da geração de emoções, cuidados, códigos estéticos e cognitivos, dimensões que, além de fazerem parte das interações, também se incorporam no produto. Debater a dimensão laboral de maneira ampliada contribuirá à reflexão da centralidade do trabalho e, também, de seu caráter produtivo em diversas realidades. Ademais, esta perspectiva, ainda pouco difundida no Brasil, contribui para o desenvolvimento de bases teórico-metodológicas na Sociologia do Trabalho. Assim, esta mesa objetiva apresentar os pressupostos teórico-metodológicos do trabalho não clássico, em diálogo com transformações atuais no mundo laboral.

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