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minicursoS

MC 01 - PENSANDO O SEXO, SEUS LIMITES E TENSÕES CONTEMPORÂNEAS: LEITURAS ANTROPOLÓGICAS

Ministrante: Raphael Cardoso Brito (PPGAS/UNICAMP)

Resumo: Este minicurso tem como objetivo apresentar um panorama sobre as discussões antropológicas envolvendo: 1) desejos, condutas e práticas sexuais considerados abjetos, repugnantes e desprezíveis, situadas nos limites da sexualidade; 2) as disputas por novos entendimentos e enquadramentos de condutas e atitudes sexuais, empreendidos por minorias e comunidades sexuais empenhados em deslocar seus desejos e práticas sexuais da chave de leitura da abjeção e alçá-las ao estatuto de expressão da sexualidade sã e legítima; 3) as maneiras pelas quais campos científicos como a psicanálise e a sexologia reconfiguraram os parâmetros que definem a sexualidade enquanto “normal”, “perversa” e/ou “disfuncional”. Para isso, lançaremos mão de trabalhos etnográficos e discussões teóricas e conceituais que nos auxiliem a pensar de que forma a regulação da sexualidade, em seus deslocamentos contemporâneos, tem passado por transformações que reposicionaram os qualificadores do bom e mau sexo, do lícito e do ilícito, do aceitável e do ininteligível na arena da sexualidade. Percorreremos uma literatura que nos direciona a discussões como o consentimento, suas fissuras e porosidades; erotismo politicamente correto; violência, prazer e perigo; riscos e suas gestões e os novos padrões de patologização e medicalização da sexualidade. Pretendemos dessa forma, situar os participantes nas atuais produções e discussões sobre práticas sexuais e suas moralidades no campo da antropologia, bem como fornecer material analítico para a compreensão dos novos regimes de regulação do sexo.
 

Palavras-chave: Sexualidade. Antropologia. Práticas sexuais. Moralidades.

MC 02 - GILBERTO FREYRE E O CONCEITO DE “DEMOCRACIA RACIAL”

Ministrante: Mateus Lôbo - Doutorando em Sociologia, Universidade de Brasília

Resumo: O debate acerca das relações raciais no Brasil é um tema permanente na sociologia nacional. Uma personagem que aparece como central neste debate é o pernambucano Gilberto Freyre. Nos anos 30 do século XX, a partir da publicação de “Casa-grande & senzala”, de maneira inédita, ele não só positivou a miscigenação, que deixava de ser um problema e passava à solução, como retirou o europeu do lugar de agente cultural único, atribuindo também ao índigena e ao africano protagonismo na formação de uma cultura dita brasileira. Não obstante se, para muitos, Freyre contribuiu para romper com o racismo científico de seu tempo, que preconizava a superioridade biológica do branco europeu na vida societal, para outros ele teria atuado como artífice de um mito, o da democracia racial, que falseava as relações raciais no Brasil como simétricas e sem conflitos. Levando em conta o papel da miscigenação e do tipo de patriarcalismo praticado no Brasil para o pernambucano, este minicurso propõe investigar se e como o conceito de democracia racial é operado por Gilberto Freyre, além da fortuna crítica recebida pelo autor acerca do tema.

MC 03 - POR UMA SOCIOLOGIA CLÍNICA NOS ESTUDOS SOBRE O TRABALHO NO BRASIL

Ministrante: Igor Macedo Reis - Doutorando em Sociologia, Universidade Federal de Sergipe

Resumo: Com os avanços nas últimas décadas das novas tecnologias no mundo do trabalho, vários questionamentos se apresentaram para a compreensão desses fenômenos, a saber: As mudanças estruturais afetaram a constituição do ser que trabalha? O modelo neoliberal de gestão do trabalho não estaria espalhado por todos os poros da sociedade? As análises que privilegiam as vivências econômicas dos trabalhadores em detrimento a construção/desconstrução das subjetividades, não estariam deixando de captar os objetos nas suas complexidades, já que marcam o surgimento de novas formas de labor, o que demandaria uma compreensão melhor do sujeito do trabalho? Dessa forma, faz-se necessário pensar o universo do trabalho - sobretudo no Brasil, devido ao caráter quase majoritário da nossa Sociologia do Trabalho dominante que se relaciona em grande parte somente com os aspectos estruturais do mundo do trabalho, deixando questões ligadas ao campo da “existência” para outras ciências humanas – por meio da Sociologia Clínica, já que o seu caráter epistemológico nos municia com um grande leque de possiblidades de compreensão ao permitir um diálogo bem temperado entre a Sociologia, Antropologia, Filosofia e Psicologia. Portanto, os nossos principais objetivos são por um lado, possibilitar uma leitura do mundo do trabalho que leve em consideração as subjetividades e a composição das formas existenciais das vivências dos trabalhadores, e por outro lado, problematizar a necessidade de diálogos entre as ciências humanas na construção dos objetos de estudo.

Palavras-chave: Sociologia clínica. Trabalho. Subjetividade.

MC 04 - COMO FAZER PESQUISA SOCIAL?

Ministrante: Marília Nascimento - Doutoranda em Sociologia, Universidade Federal de Pernambuco

Resumo: Durante nossa formação em Ciências Sociais observamos que a grade curricular do nosso curso prioriza as disciplinas e debates teóricos, deixando uma lacuna no que diz respeito ao fazer pesquisa de campo, suas abordagens metodológicas e técnicas de coletas de dados. Dessa forma, pensando nessa lacuna da estrutura curricular, este minicurso tem como objetivo proporcionar um espaço de construção dialogada para que possamos desenvolver as nossas pesquisas sociais com ética e profissionalismo. A nossa ideia é refletir e debater sobre a importância da metodologia para o bom desenvolvimento de uma pesquisa, de como construir a relação com o campo de forma ética e comprometida e por fim apresentar algumas técnicas de coleta de dados presentes na abordagem qualitativa. Assim como compartilhar dicas de como se portar num campo de pesquisa, interagir com as pessoas interlocutoras da pesquisa, etc, dando elementos práticos para como fazer uma pesquisa social. A metodologia utilizada para a facilitação do minicurso se pautará numa aula expositiva e dialogada com discussões e reflexões práticas. No primeiro dia de aula aprenderemos como construir um projeto de pesquisa, que é o primeiro passo antes de realizar a pesquisa social. O segundo dia será dedicado a compreender o que é pesquisa social, como se constrói o desenho da pesquisa, o plano de coleta de dados e apresentarei alguns métodos qualitativos de pesquisa. O terceiro e último dia discutiremos sobre a ética na pesquisa sobre a perspectiva das contribuições da epistemologia e metodologia feminista. Utilizarei alguns autores referências no campo metodológico, como Babbie (2003), Richardson (1989), Gil (1987), Haraway (2010) e Collins (2016).

Palavras-chave: Pesquisa social. Métodos qualitativos. Contribuições da metodologia feminista.

MC 05 - A GÊNESE E O DESENVOLVIMENTO DA SOCIOLOGIA DO AMOR

Ministrante: Caio César Pedron - Doutorando e Mestre em Sociologia, Universidade Estadual de Campinas

Resumo: O Minicurso aqui proposto tem como principal objetivo apresentar o amor enquanto objeto e cenário da reflexão sociológica, oferecendo um possível itinerário introdutório às discussões que versam sobre um vasto domínio ainda em formação. Permitirá aos participantes uma experiência de imersão que partirá do alvorecer da sociologia (especialmente de matriz alemã), passando pela consolidação do amor como tema e variação do pensamento social contemporâneo e arrematando com as discussões sobre desigualdade, capitalização e virtualização dos afetos. A confecção deste minicurso atende a todo um conjunto de esforços que vem sendo empreendidos em nível nacional e internacional para tratar do amor em sua dimensão social e para divulgar uma nova seara de investigação frutífera ao exercício da imaginação sociológica.


Palavras-Chave: Amor. Erotismo. Modernidade. Capitalismo. Sociologia.

MC 06 - INTRODUÇÃO À TEORIA POLÍTICA CONTEMPORÂNEA: teoria da justiça; teoria deliberativa da democracia e teoria do reconhecimento

Ministrante: Ronaldo Tadeu de Souza - Doutor e Pesquisador de Pós-Doutorado no Departamento de Ciência Política da USP

Resumo: Este minicurso discutirá os principais temas da teoria política contemporânea, a saber: os problemas da justiça em John Rawls; Jürgen Habermas as possibilidades de deliberação pública (a razão comunicativa) e Axel Honneth, Nancy Fraser e Angela Davis e as lutas por reconhecimento de racial, de gênero e de classe.

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